terça-feira, 2 de março de 2010

Ana Carolina, cantora

Te olho nos olhos.
E você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa...
Tudo que vivi, foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou e voce foi me tirando os espaços entre os abraços.
Guarda-me apenas uma fresta, eu que sempre fui livre não importava o que os outros dissessem...
Até onde posso ir pra te resgatar, reclama de mim, como se houvesse a possibilidade deu me inventar de novo.
Desculpa...
Se te olho tão profundamente, rente a pele, a ponto de ver seus ancestrais em seus traços.
A ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos.
E não vou separar as minha vitorias dos meus fracassos.
Eu não vou renunciar a mim nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante...
errante...
sujo...
livre...
quente...
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente.

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